Primeiro livro de Criminologia Verde é publicado no Brasil

22/04/2022 14:48

Editora Tirant lo Blanch publica o livro “Introdução à criminologia verde: perspectivas críticas, decoloniais e do Sul“, que possui como coordenadores Marília de Nardin Budó, David Rodriguez Goyes, Lorenzo Natali, Ragnhild Sollund e Avi Brisman. A obra é pioneira no Brasil no que tange à criminologia verde, e surge em um contexto propício – de crise climática, catástrofes ambientais, negacionismo científico e desmonte dos órgãos responsáveis pela fiscalização ambiental.

Enraizada na criminologia crítica, a criminologia verde se volta à atuação dos poderosos, que comumente causam danos estratosféricos aos animais humanos e não humanos, à biosfera e aos ecossistemas, mas permanecem imunes ao sistema de justiça e frequentemente têm suas condutas tidas como legais, ao invés de criminosas.

A partir disso, esse campo procura responder a algumas perguntas simples: por que e como as leis são elaboradas e violadas? O que pode ser feito a respeito? Por que algumas condutas são criminalizadas e outras não, mesmo quando estas últimas são exponencialmente mais danosas ao meio ambiente como um todo?

Todas essas questões são discutidas no referido livro a partir da perspectiva do Sul Global, que permite que se coloque no centro da análise o papel do racismo, do antropocentrismo, do androcentrismo e do especismo na hierarquização dos corpos que serão mais atingidos pelos danos causados pelas grandes corporações.

Podcast Legítima Defesa publica novo episódio: “Prisão e Violência: o labirinto da execução da pena”

22/04/2022 13:47

Imagine-se em um labirinto. Como você sabe, em um labirinto, você faz as suas escolhas, mas isso não significa que vai chegar onde planeja. Isso porque existem fatores externos que influenciam o caminho que você vai traçar.

Neste último episódio da série sobre violência institucional, o Legítima Defesa te convida a entrar no labirinto que é o sistema prisional e conhecer os caminhos tortuosos do cumprimento de pena, para pensar a prisão a partir de uma ideia inspirada na tese “Findas Linhas: circulações e confinamentos pelos subterrâneos de São Paulo”, do Fábio Mallart.

Benefícios prisionais como a progressão de regime, saídas temporárias e a remição pelo trabalho são caminhos que podem facilitar a saída do labirinto. Mas esses percursos estão ao lado dos processos administrativos disciplinares e das punições, das celas de castigo e de seguro e, até mesmo, dos desaparecimentos forçados…

Como tudo isso se combina? Vem com a gente, numa incursão ao labirinto do processo de execução penal!

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